terça-feira, 4 de maio de 2010

Patologia Clínica ou Medicina laboratorial


Patologia clínica ou medicina laboratorial é uma especialidade médica que tem por objetivo auxiliar os médicos de diversas especialidades no diagnóstico e acompanhamento clínico de estados de saúde e doença, através da análise de sangue, urina, fezes e outros fluidos orgânicos (como líquor, líquido sinovial, líquido ascítico, fluido seminal, etc).[1]

No Brasil a especialidade é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) com o nome de patologia clínica ou medicina laboratorial"[2][3]. Deve ser diferenciada de patologia cirúrgica ou anatomia patológica, especialidade que tem por objeto de análise os tecidos sólidos do corpo humano, geralmente obtidos por meio de biópsia.

E um sinomino de patologia clinica o termo Análises Clínicas, sendo este termo mais usado em algumas profissões.

Profissionais envolvidos
No Brasil, O médico patologista clínico passa por uma formação que inclui, além dos 6 anos regulamentares do curso superior em medicina, mais três anos de residência médica, sendo 1 ano em clínica médica e 2 anos em laboratório de análises clínicas.

No seu trabalho, o patologista clínico interage com outros profissionais habilitados para a mesma atuação, dentre eles:

Nível superior:
Biólogo.
Biomédico
Bioquímico.
Farmacêutico.
Nível médio:
Auxiliar técnico de laboratório.
Técnico de laboratório de análises clínicas - Em alguns estados é conhecido como técnico de patologia clinica.

Os profissionais de nível médio não podem em hipótese alguma liberar laudo, resultados ou perícias bem como responder sobre o laboratório. São competentes legais apenas para auxiliar o profissional de nível superior e este sim possui a competência legal para liberar resultados, laudos ou perícias bem como as responsabilidades civis e penais sobre os erros cometidos por eles e pelos técnicos que os auxiliam. Estes profissionais de nível superior possuem o TRT (Termo de Responsabilidade Técnica) sobre o laboratório que são responsáveis em número máximo de dois. Os profissionais de nível superior quando iniciam o seu trabalho no laboratório, fazem o ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) junto ao conselho a qual é subordinado.

Ao terminar o vinculo empregatício com o laboratório e deixar de ser o responsável técnico de nível superior pelo laboratório, este deve dar baixa no ART e no TRT para que possa assumir outro laboratório, o que está previsto no Código de Ética. Os ARTs são comprovações de que o profissional possui experiencia e atuou na área de laboratório junto aos Conselhos e possui vinculo com o laboratório ou possuiu em data anterior.

São compartilhadas com estes profissionais, até o limite de responsabilidade de cada um, as diversas atividades e competências necessárias ao bom desempenho do ofício. As atribuições de cada profissional, bem como os limites de sua atuação, podem ser consultadas na CBO - Classificação Brasileira de Ocupações, no site do Ministério do Trabalho e Emprego.

Mediante a modernidade tecnológica que significa, hoje em dia, a automação e a informatização da maioria dos processos de análise, deve também o profissional possuir conhecimentos básicos nas áreas de engenharia e informática, que viabilizem sua interação freqüente com os respectivos profissionais, também comumente envolvidos como auxiliares valiosos em todos os processos de análise.

Ambiguidades
Existem certas ambigüidades envolvendo a patologia clínica que devem ser comentadas:

1.No Brasil e em Portugal, podem atuar como responsáveis técnicos por laboratórios de análses clínicas:
1.O biomédico[4] com formação superior habilitado em análises clínicas; citopatologia; química clínica e biologia molecular.
2.O médico patologista clínico;
3.O farmacêutico com formação superior enfatizando a área de análises clínicas;
4.O bioquímico com formação superior enfatizando a área de análises clínicas, química clínica e biologia molecular ;
2.O especialista médico em hematologia e hemoterapia, habilitado a efetuar alguns procedimentos especializados como biópsia de medula óssea, é o profissional médico que realiza diagnóstico e acompanhamento clínico em patologias envolvendo oncologia hematológica, hemoterapia e coagulação/hemostasia. Este especialista normalmente não está habilitado em patologia clínica (a menos que também dotado de formação específica nesta área), fazendo portanto uso de seus serviços como cliente médico.
3.A análise da celularidade de certos fluidos orgânicos, como o líquido sinovial, o líquido cérebro-espinhal ou líquor, o líquido ascítico ou peritoneal, o fluido pleural e o fluido seminal podem ser compreendidos como escopo tanto da subespecialidade de hematologia como da urinálise. Estas análises incluem também a caracterização bioquímica desses fluidos, que recorre a técnicas próprias da bioquímica. Fala-se portanto em hematologia e análise de fluidos orgânicos ou urinálise e análise de fluidos orgânicos.
4.A patologia cirúrgica, também conhecida como anatomia patológica, é uma especialidade médica que interage com a patologia clínica, e compreende caracteristicamente a análise de matériais sólidos de origem humana, obtidos por meio de biópsia. O patologista cirúrgico usualmente não é habilitado em patologia clínica, a não ser que também tenha desenvolvido formação específica na área, embora eventualmente uma especialidade possa emprestar técnicas características da outra.
5.A especialidade de química clínica encontrada nos Estados Unidos corresponde grosseiramente à bioquímica no Brasil. Entretanto não temos no Brasil uma Associação exclusiva como a American Association of Clinical Chemistry.

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